Em Jacupiranga, Festa do Divino é celebrada com Missa presidida por Dom Manoel

Em Jacupiranga, Festa do Divino é celebrada com Missa presidida por Dom Manoel

Na segunda-feira, 29, Dom Manoel Ferreira dos Santos Jr, mSC, presidiu Celebração Eucarística em louvor ao Divino Espírito Santo, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Jacupiranga. A missa foi concelebrada pelo Padre Luiz Carlos Moraes Pinheiro, Pároco e contou com a participação de um número reduzido de fiéis.

A tradicional “Festa do Divino”, padroeiro secundário de Jacupiranga, no passado celebrada sempre em 29 de junho, nos últimos anos, foi transferida para que passasse a coincidir com a Solenidade de Pentecostes. Porém, neste ano, devido à pandemia, não foi celebrada em maio.

Diante de um decreto da Prefeitura Municipal de Jacupiranga, que autorizava a abertura dos templos religiosos do Município, desde que observadas as normas de proteção, o Padre Luiz Carlos tomou a iniciativa de celebrar a Festa em sua antiga data, de forma a possibilitar a participação dos fiéis, ainda que de forma reduzida. Nos primeiros cinco dias de novena foi possível a participação do povo, porém, com o retorno do Vale do Ribeira à faixa de risco do COVID-19, os últimos dias da novena foram celebrados sem a presença dos fiéis.

Refletindo sobre o atual momento pelo qual passa a humanidade, Dom Manoel recordou, no início de sua homilia, que “nunca foi tão importante aprofundarmos a nossa experiência de encontro com o Espírito Santo. Essa paróquia traz como característica essa devoção muito forte ao Espírito Santo, mas é fundamental que nós nos aproximemos do Espírito Santo, desse Espírito de fé, sobretudo neste tempo de pandemia, que não dá para esquecer, onde muitas pessoas estão sofrendo por causa do coronavírus”, salientou.

Lançando um olhar sobre o Salmo 103, cantado na Liturgia da Palavra, o Bispo comentou que “este é nosso sonho de hoje, este é nosso desejo, nossa esperança: que o Espírito Santo renove, torne nova a face da terra”. E continuou, “na mentalidade judaica, Deus ao criar o Universo, cria e depois dá um passo atrás para ver aquilo que foi criado. O Cardeal Tolentino Mendonça diz que neste tempo de pandemia, Deus dá esse passo atrás, para olhar aquilo que está sendo criado, uma vez que Deus nunca deixou de criar, continua criando, através do seu Espírito Santo. Pedir que Deus, através do seu Espírito, renove a face da terra é pedir que Ele transforme a face da terra”.

Ainda sobre a Liturgia da Palavra, o Prelado retomou alguns aspectos e características do Espírito Santo, iniciando pela coragem: “tanto o Evangelho, quanto na Primeira Leitura, narram que os Apóstolos estavam fechados em casa, com medo. Jesus veio, soprou sobre eles o Espírito Santo e depois disso, ninguém mais segurou os Apóstolos, eles saem por toda parte. Com coragem, anunciando Jesus Cristo Ressuscitado e transformam a face da terra pela Palavra do Senhor encarnada no testemunho dos Apóstolos. Peçamos que o Espírito Santo também nos dê coragem, para enfrentar as dificuldades que hoje passamos, tanta gente desanimada, tanta gente depressiva. Que o Espírito Santo, renovando a face da terra, nos fortaleça como fez com os Apóstolos’, disse.

Dom Manoel afirmou, ainda, que o Espírito Santo é fonte da paz: “a paz de Cristo, que dizemos em nossas liturgias, é a mesma paz que o Senhor deixou aos seus Apóstolos, dando-lhes confiança em si mesmos, na sua missão”.

Comentando a Segunda Leitura, o Bispo de Registro ressaltou que “ é o Espírito Santo que dá sentido às coisas. Sem o Espírito Santo, aquilo que proclamamos aqui não passaria de uma história do passado, porém, com Ele se torna Palavra de Deus, viva, eficaz, transformadora. Transforma a nossa vida essa Palavra que nos anima, fortalece, indica para nós o caminho a seguir. Sem o Espírito Santo a Evangelização não passaria de uma propaganda, mas com o Espírito Santo, o Evangelho gera vida em todos os lugares onde o levamos. Sem o Espírito Santo, daqui a pouco, realizaríamos no altar uma simples refeição, como qualquer outra, como aquela que fazemos em nossas casas, porém, por ele, o pão e o vinho se tornam Corpo e Sangue de Cristo, alimento para nossa vida e nossa fé”, demonstrando assim a grande importância da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

Ao final de sua exortação, Dom Manoel dirigiu a Deus sua oração, pedindo “por essa cidade e também por aqueles que nos acompanham pelos meios de comunicação, por suas famílias, para que o Espirito Santo toque os corações, esteja presente, sempre fortalecendo, dando sentido até para a morte e o sofrimento. Ele nos renova, nos refaz, para que continuemos sendo santos e seguindo os passos de Jesus”.

Por Rubens da Cruz.