Palavra do Pastor – Mês de novembro

Foto: Acervo Pastoral da Comunicação
Foto: Acervo Pastoral da Comunicação

Este mês de novembro é marcado por belíssimas experiências espirituais através da liturgia. Iniciamos o mês celebrando o dia de todos os Santos. A Igreja não quer esquecer nenhum daqueles que procuraram seguir a Jesus Cristo, dando a sua vida pela causa do evangelho. Muitos a Igreja reconhece a sua santidade através da canonização feita pelo Papa. Existem muitos outros que anonimamente procuraram viver na santidade de vida.
Nós mesmos conhecemos muitas pessoas santas, que passaram pela nossa vida, pelo seu exemplo de bondade, amor ao próximo, compromisso com a justiça e pelo serviço a causa dos pobres. Ao celebrarmos todos os santos reconhecemos que no mundo há mais santidade que pecado. Todos somos chamados à santidade de vida. O mundo de hoje não valoriza a santidade como um bem maior.
Mas o que é ser santo? O Santo busca ser ao máximo aquilo que Deus quer que ele seja. Não é ser perfeito, pois a perfeição pode levar ao orgulho, e a santidade leva a humildade. A santidade é um dom de Deus.
No segundo dia do mês, comemoramos o dia de todos os fiéis defuntos. Esta é uma celebração aprovada pelo papa Bento XV, na França e depois se espalhou por todo o mundo. Nos falecidos celebramos o mistério pascal, na firme esperança de que os que se tornaram, pelo batismo, membros de Cristo morto e ressuscitado, passem com ele através da morte à vida. Buscamos sempre a vida em todos os sentidos, mas a morte é nossa companheira de sempre através da doença e sofrimentos causados pelo nosso limite humano. A morte é um mistério profundo cercado pelo respeito humano.
Para o Cristão a morte ganha um novo sentido, pois é iluminado pela fé e pela esperança. A morte para o cristão está relacionada com a morte de Cristo. Ele sofre pelos pecados da humanidade, mas vence pela graça do Pai. A vida para o cristão se torna como a leitura de um livro de romance. Podemos até sofrer durante a história, mas sabemos que no último capítulo estaremos nos braços de Deus, autor e salvador da vida. O prefácio da missa desse dia diz: “Ó Pai, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível “. Vamos devolvemos os nossos falecidos a Deus e pedir que Ele afaste a tristeza de nosso coração.

No início do próximo mês inicia-se o advento. Tempo de preparação para o natal. Que neste mês possamos crescer na santidade e na experiência da palavra de Deus.

Servi ao Senhor com alegria!
Dom Manoel Ferreira dos Santos Junior, MSC
Bispo Diocesano de Registro