Dom Manoel, bispo de Registro, tem sábado missionário em aldeia e quilombo no Vale do Ribeira

Dom Manoel, bispo de Registro, tem sábado missionário em aldeia e quilombo no Vale do Ribeira

No sábado, 17, Dom Manoel Ferreira dos Santos Jr, bispo diocesano de Registro, visitou a aldeia indígena Takuari, localizada na zona rural do município de Eldorado, no interior do Estado de São Paulo. O prelado tem visitado constantemente as aldeias existentes no território do Vale do Ribeira.

Os guaranis da comunidade localizada a 17 quilômetros do centro da cidade, passaram a residir nesta reserva no ano de 2013, quando a propriedade que foi uma antiga fazenda, foi comprada pelo Governo do Estado de São Paulo, como medida de indenização compensatória para os índios que moravam em Parelheiros, numa área próxima ao Rodoanel, na Grande São Paulo.

Acompanhado pelo cacique Timóteo da Silva “Verá Popygua”, o bispo visitou as instalações da aldeia e assistiu a uma apresentação de canto e dança das crianças, que são acompanhadas pela pastoral da Criança, há cerca de 2 anos.

O bispo recordou que é desejo da Diocese “estar sempre em parceria com os povos tradicionais, de forma a ajudar a defender a vida onde ela estiver ameaçada. Sabemos que em nosso país, a vida está sempre ameaçada, sobretudo os povos tradicionais, os povos que vivem na terra. Como Igreja, queremos defender a vida e ajudá-los a se defender: isso é a nossa missão, porque Jesus disse ‘Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em plenitude’ (Jo 10,10). Por isso, seguindo os passos de Jesus, queremos como Igreja, defender a vida em todo canto”.

Ainda no sábado, ao anoitecer, Dom Manoel visitou o Quilombo Ivaporunduva, também no município de Eldorado, onde presidiu a Celebração Eucarística na Solenidade da Assunção da Virgem Maria. A comunidade quilombola é a mais antiga do Vale do Ribeira, tendo existido muito antes do próprio município onde esta estabelecida. A celebração ocorreu na Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que foi construída no século XVII pelos próprios escravos.

Ao registrar as visitas em suas redes sociais, o bispo afirmou que “só entenderemos a dor e os sofrimentos dos outros, estando ao lado deles. Quando vejo pessoas querendo acabar com os mais fracos em nossa sociedade, que são os indígenas e quilombolas, eu me pergunto: onde está a humanidade das pessoas e o seu cristianismo?”

Rubens da Cruz